terça-feira, 24 de maio de 2011

5 MOTIVOS para achar a VEJA uma revista idiota.


Olá amitches!


Estava eu lendo o site da revista Veja que soltou a seguinte chamada “ DEZ RAZÕES PELAS QUAIS “GUERRA DOS TRONOS” É MELHOR QUE “O SENHOR DOS ANÉIS”.

Todo inocente, achei que leria uma crítica técnica ou algum comparativo mais apurado das duas obras. Pura decepção.
A pseudo- reportagem nada mais é do que provável tapismo de buraco da redação através de algum estagiário ou a simples vontade de chamar a atenção em um tema da moda.

A criatura escreveu de maneira que parece ser o Tolkien, escritor que é responsável DIRETO pela existência do GUERRA DOS TRONOS, um bostão.
  
Pois bem, respondo à revista veja sobre a imbecilidade que escreveu:

1- NANA QUEIROZ NÃO MANJA NEM LEU PORRA NENHUMA;

Simples, todos os comentários e comparações se encontram, ou nas capas das publicações, ou em qualquer site Nerd/Geek ou de RPG que tenha na internet. Em 5 minutos localizei 22 sites com exatamente todas as referencias que ela citou. Vai ler primeiro, escrever, vem depois.

2- COMPARAR AS DUAS OBRAS É O MESMO QUE COMPARAR UMA “FERRARI” COM UM “ROLLS ROYCE”;

Nana, querida, vai querer comparar os dois? Tá, ambos são carros, ambos tem rodas e são clássicos, referencias e tudo mais. Mas falar que um Rolls Royce é uma merda só porque a Ferrari corre mais e tem um desenho mais moderno é pura falta de vergonha na cara.
Você esta colocando um clássico que criou um gênero com o fruto disso na mesma balança?
Tolkien tem um estilo, um direcionamento e uma ideia próprios. Martin tem um estilo, um direcionamento e uma ideia próprios também.
Não dá pra comparar. O filho pode superar o pai, mas não significa que o pai seja inferior ao filho.

3- O PRIMEIRO É DIFERENTE DO ÚLTIMO;

Tolkien primeiramente tinha uma linha de raciocínio diferente do tema magia. Ele praticamente criou essa parada e Elfos, Anões, Dragões e todos os elementos que compõem uma HITÓRIA DE FANTASIA. ELE FEZ O TEMA FANTASIA NASCER PRO MUNDO, PORRA! Nana, filhota, quando ele escreveu o Hobbit e demais livros, ninguém escrevia nada sobre o tema nem possuía tanta proficiência quanto ele.
Martin traz um nova abordagem sobre o tema? Ótimo, pois não faz mais que a obrigação. Teve séculos para degustar, digerir, estudar e avançar no tema. E tenha certeza que, apesar de uma obra muito original, ele bebeu na fonte do Tolkien, e bebeu MUITO.
Anões e Elfos estão desgastados é porque Tolkien os lançou ao mundo e o mundo aceitou-os como parte de seu novo imaginário. Martin decorreu diferentemente sobre esses assuntos... ou esta pequena flor aqui não te parece uma Elfa?:




4- FANTASIA MAIS PRÓXIMA; PUTZ...

Tolkien queria um mundo imaginário, fantástico – fantasia, lembra?- diferente do nosso, algo surreal, diferente, que não fosse um retrato do mundo em que vivera, pois, boa parte da obra foi escrita durante a Primeira Guerra Mundial, entre 1937 e 1949. Existe aqui elementos de escapismo ou a simples vontade de sair do lugar comum.
O que o Martin fez foi pegar o Senhor do Anéis, ler muito, aprender como se escreve o tema magia, modificar e criar sua própria linha de fantasia.
Não acho que pelo fato de irmã dar para o irmão, jogarem um moleque de 7 anos da janela ou dramas familiares deixarem personagens traumatizados traga a saga para nossa realidade.
Pra mim, onde tem Nazgûl ou Os Outros NUNCA estará perto de mim... sai pra lá, Exú!

5- A VEJA É A RAINHA DE RESENHAS IDIOTAS:

Toda vez que não é pra puxar saco de algum político a Veja faz coisas estranhas.
Meteram a vara no Thor, Matrix e em um monte de coisas bacanas que foram lançadas, mas que fogem das baias na qual seus jornalistas ficam presos. Porra, vão ler os livros, revistas, gibis, assistir aos filmes, desenhos... vão estudar antes de publicar alguma coisa, pois é ridículo pagar uma de mané dessa maneira.
Essa de correr pra não ficar de fora da conversa é feio, muito feio, viu?

Enfim, as DUAS OBRAS SÃO FANTÁSTICAS, não tem nenhuma que seja melhor que a outra. Simples assim. Leia as duas e compare você, sem dar ouvidos a revistas que tem mais páginas de publicidade do que informação.

Ainda vou escrever um  AS 10 RAZÕES PARA SE LER ÉPOCA E NÃO A BIRÓSCA DA VEJA.

Prontofalei   

2 comentários:

  1. Cara, concordo plenamente com vc, e se vc não se importa, vou colocar aki um comentário que eu tinha feito na pagina da revista, mais que foi cesurado:

    "Sem duvida essa Nana Queiroz foi completamente parcial ao escrever essa matéria, oque é um erro fatal para qualquer jornalista.
    Claro que podemos dizer que as obras de Martin se aproximam muito mais da realidade humana, mas acho que ele exagera, ou até mesmo "apela" para sexo mais do que o necessário.
    Olha querer comparar as obras de Martin com Tolkien é o mesmo que tentar comparar A Odisseia (de Homero) com Viagem ao Centro da Terra (de Julio Verne). Não é porque as duas obras são de fantasia que elas devem ser comparadas."

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  2. O próprio George R. R. Martin admitiu em entrevista:
    "Eu li Tolkien quando eu tinha mais ou menos 12 anos e ele me impressionou muito, então eu não me canso de reler. Na verdade, eu planejava enviar uma carta a Tolkien quando eu era uma criança, mas acabei não enviando, algo queme aborrece, ainda mais depois de ter notado que Tolkien lia quase todas as cartas que recebia. Mas ele não foi uma influência direta para mim quando eu decidi escrever As Crônicas de Gelo e Fogo, embora meus livros são de um cânone da fantasia que Tolkien aperfeiçoou. Quero dizer, a fantasia é muito antiga. Podemos encontrá-la na Ilíada ou na Epopeia de Gilgamesh, mas Tolkien transformou-a em um gênero moderno, e As Crônicas de Gelo e Fogo compartilham alguns desses padrões, mas não todos eles. Por exemplo, eu pretendo oferecer uma fantasia suja, mais crua do que Tolkien."

    George bebeu muito da fonte aperfeiçoada de Tolkien e essa parte final é o que penso em relação aos dois. Tolkien é o criador de toda uma mitologia, de línguas, etc. Sua obra é tão rica, que mesmo o documentário do The History Channel intitulado "Confronto Dos Deuses: A Mitologia De Tolkien", consegue dar apenas algumas pinceladas sobre sua magnífica obra.


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